Como organizar suas finanças (passo a passo)

Como organizar suas finanças passo a passo

Infelizmente, a maior parte da população brasileira vive endividada, não sabendo, na maioria dos casos, questões básicas sobre suas finanças, como: renda total; custo de vida mensal; valor das dívidas, etc. Pensando nisso, neste post vou te mostrar como organizar suas finanças passo a passo.

Como organizar suas finanças

Seguindo à risca os passos a seguir é, praticamente, impossível não conseguir organizar suas finanças. Contudo, vale lembrar que a organização financeira é simples, porém, não é fácil de ser realizada. Ainda assim, vale muito a pena, principalmente para o seu bolso e seu futuro. Então, vamos ao passo a passo:

Sair das dívidas

O primeiro passo para organizar suas finanças definitivamente é, necessariamente, sair das dívidas — se você tiver alguma, é claro. Em outras palavras, não adianta querer investir ou criar objetivos de curto/médio prazo se você possui dívidas.

Nesse sentido, é comum ver gurus/coachs de internet recomendando que você invista mesmo estando endividado, contudo, fazer isso é como tentar beber água usando uma peneira grossa.

E isso, por um simples motivo: os juros de dívida (cartão, empréstimos, cheque especial, etc.) são, e sempre serão, maiores do que qualquer investimento que você possa fazer. Caso contrário, bastaria você pegar um empréstimo, investir o valor, e se aposentar em pouco tempo com os rendimentos obtidos.

Então, se você possui dívidas, foque em quitá-las antes de pensar em investir seu dinheiro ou criar objetivos de curto, médio, ou longo prazo. Inclusive, já temos um post completo sobre como sair das dívidas, confira:

Como sair das dívidas em 4 passos simples

Entender sua renda

O segundo passo de como organizar suas finanças é justamente entender sua renda. Pode até parecer um pouco estranho, mas muitos brasileiros não fazem a menor ideia de quanto dinheiro ganham por mês.

Inclusive, um grande número de pessoas acreditam, verdadeiramente, que todo dinheiro que está “disponível” para elas é considerado como “parte da sua renda mensal”, isso inclui: limite do cartão de crédito, cheque especial, e empréstimos. Obviamente, esses valores “disponíveis” não são sua renda, visto que, se você usá-los, precisará pagar o valor que foi utilizado com juros posteriormente.

Então, busque entender quais são suas fontes de renda e qual o valor médio mensal delas. E, por renda, me refiro aos valores que você recebe pelo seu trabalho e qualquer outra atividade remunerada que você faça, mesmo que seja como renda extra (Uber, Ifood, vendas de produtos, milhas aéreas, etc.).

Se você é um trabalhador assalariado (CLT) é relativamente mais simples entender sua renda. Visto que, toda empresa é obrigada a entregar um demonstrativo de pagamento (holerite) contendo as informações e valores que você receberá naquele mês. Assim, basta somar o seu salário com a média das demais rendas que você possui.

Agora, no caso de autônomos, que não possuem uma renda fixa, é necessário somar os valores recebidos de, no mínimo, os últimos 12 meses, para encontrar a média mensal — já incluindo as demais fontes de renda (caso tenha).

Começando a se organizar

Após entender sua renda, é hora de começar a se organizar de fato. E, para fazer isso, é essencial que você utilize uma planilha, aplicativo ou serviço de orçamento familiar. Assim, você terá uma melhor dimensão das suas finanças, especialmente, sobre como você utiliza seu dinheiro.

A partir disso, você poderá avaliar o que é, de fato, um gasto necessário e o que não é. Infelizmente, essa é a parte mais difícil de se organizar financeiramente. Visto que, “gastar mais” é absurdamente fácil, mas o contrário não.

Nesse sentido, uma boa prática financeira é viver “um ou dois degraus” abaixo do que você ganha. Isto é, se você ganha, por exemplo, R$ 5 mil mensalmente, tente organizar suas finanças para viver como se você ganhasse somente R$ 4 mil.

Em alguns casos, pode ser que realmente não tenha como diminuir tanto os seus gastos. Se for o seu caso, existem duas possibilidades: economizar dentro do possível; aumentar sua renda.

Assim, se o que você consegue economizar mensalmente são R$ 300, ótimo, afinal, já é um começo. A outra opção, é aumentar sua renda, para isso, você precisará investir em você. Seja fazendo cursos, especializações, etc. O importante é encontrar, seja na sua atividade atual ou em uma nova, uma forma de aumentar sua renda.

E o que fazer com o dinheiro que “sobra” após diminuir os gastos? É exatamente aí que entra a reserva de emergência.

Reserva de emergência

E a reserva de emergência, nada mais é do que uma reserva financeira para ser utilizada em momentos de extrema necessidade — que, normalmente, seria necessário recorrer ao cheque especial, cartão de crédito, ou empréstimos.

Alguns exemplos do uso da reserva de emergência são:

  • Despejo;
  • Seu carro/moto quebrar;
  • O forro/teto da sua casa cair;
  • Perfurar um cano na parede ou no chão;
  • A instalação elétrica da sua casa pegar fogo;
  • Tratamento médico (hospital, remédios, custo adicionais, etc.);
  • Perder o emprego.

E a ideia por trás da reserva de emergência é simples: ter um dinheiro guardado para quando algum problema sério ocorrer. E qual valor guardar na reserva de emergência?

Apesar de não ser uma regra, o ideal é que você tenha de 6 a 12 meses do seu custo de vida guardado na reserva de emergência. Ou seja, se seu custo de vida mensal é, por exemplo, de R$ 4 mil, então você deveria ter algo entre R$ 24 mil e 48 mil na reserva de emergência.

Assim, você terá uma opção melhor do que recorrer ao cheque especial, cartão de crédito, ou empréstimos, que tendem a ser muito danosos para o seu bolso devido aos altos juros cobrados.

Todavia, não vou me prolongar muito aqui sobre a reserva de emergência, visto que, já temos um post completo sobre o assunto aqui no blog, confira:

O que é reserva de emergência?

E, após ter, no mínimo, 6 meses do seu custo de vida na reserva de emergência, você já pode ir para o próximo passo da organização financeira: definir objetivos.

Definir objetivos

Com a reserva de emergência pronta, chegou a hora de definir objetivos de curto, médio e longo prazo. Nesse sentido, somente você poderá definir quais são seus objetivos de curto, médio e longo prazo.

Ainda assim, é importante que você defina qual a prioridade de cada um. Até porque, tentar realizar todos ao mesmo tempo é praticamente impossível. Então, faça uma lista com seus objetivos e classifique quais possuem maior e menor prioridade para você.

Com base na sua lista de prioridades, você deverá alocar proporcionalmente o seu capital. Para exemplificar, imagine que você tenha os seguintes objetivos em sua lista:

Exemplo de objetivos de curto, médio, e longo prazo. Assim como as respectivas prioridades de cada objetivo.

 

Neste exemplo, você deverá focar primeiramente nos objetivos com alta prioridade e de curto prazo primeiro. Dessa forma, seguindo o exemplo acima, o primeiro objetivo é a troca de celular, seguido pela compra de uma casa maior.

Obviamente, você não precisa alocar todo seu capital em um único objetivo por vez. Podendo assim, alocar de acordo com a prioridade, exemplo:

Exemplo de alocação de acordo com a prioridade.

Mas afinal, onde investir para alcançar cada objetivo?

Alcançá-los

Como cada objetivo possui um prazo diferente, é interessante que você estude sobre e invista em títulos de prazos semelhantes — mas claro, não é uma regra. Nesse sentido, os principais títulos que você pode estudar para investir são:

Títulos públicos:

Títulos privados:

E, obviamente, existem mais opções de investimentos de acordo com seu objetivo. Por exemplo, se seu objetivo é se aposentar, você deve buscar por Fundos de Previdência (previdência privada), podendo ainda, estudar mais a fundo os ativos de renda variável, como Fundos Imobiliários e Ações, e montar uma carteira previdenciária com foco no recebimento de dividendos.

Agora, se seu objetivo é, por exemplo, multiplicar seu patrimônio no longo prazo, você deve buscar por Fundos de Investimento (Renda fixa, Multimercados, etc.) que estejam alinhados com seus objetivos ou, novamente, estudar a fundo sobre os ativos de renda variável e montar uma estratégia de investimentos para alcançar tal objetivo.

E bom, esse era o post de hoje sobre como organizar suas finanças.

Então, até o próximo post!

Leia também:

 

0 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *