O que é reserva de emergência?

O que é reserva de emergência e como montar a sua

Um termo que vem se popularizando cada vez mais nos últimos anos, mas que poucas pessoas conhecem, é o termo “reserva de emergência”. E nesse post vou te explicar exatamente o que é reserva de emergência. Como você pode montar a sua e, principalmente, qual o melhor lugar para deixar a sua reserva!

O que é reserva de emergência

Começando então por: “o que é reserva de emergência?”. E reserva de emergência, nada mais é do que uma quantia de dinheiro que você deixa guardada para quando acontecer algum imprevisto ou emergência. Que inclusive, é algo que sempre vai acontecer. Alguns exemplos de imprevistos/emergências que podem acontecer são:

  • Seu carro quebrar;
  • Perfurar um cano na parede ou no chão;
  • Tratamento médico (hospital, remédios, custo adicionais, etc.);
  • Perder o emprego.

E com a reserva de emergência, você estará preparado financeiramente para quanto essa emergência ou imprevisto acontecer. Assim, você evita de ter que recorrer a cartão de crédito, cheque especial ou empréstimos no geral. Que entre outras coisas, podem acabar te deixando endividado no curto, médio e longo prazo.

Como montar a reserva de emergência.

Agora que você já entendeu o que é reserva de emergência, vamos para próximo passo: montar a reserva de emergência. E para montar uma reserva de emergência é extremamente simples.

Porém, você precisa ter alguns cuidados, principalmente quanto ao valor da reserva de emergência. Afinal, se você precisar do valor equivalente a três meses do seu salário e tiver apenas o equivalente um mês guardado, ainda assim você vai acabar recorrendo ao cartão de crédito, cheque especial, etc.

O valor da sua reserva de emergência

Nesse sentido, para calcular o valor exato da sua reserva de emergência é muito simples, o ideal é que você tenha de 6 a 12 meses do seu custo de vida guardado na reserva de emergência.

Então, imagine que você ganha 3 mil reais por mês. Mas possui um custo de vida de apenas 2 mil. Nesse caso para montar sua reserva de emergência, você precisará ter algo entre 12 e 24 mil reais.

E claro, você não precisa ter esse valor todo na hora que for montar sua reserva de emergência, isto é, você pode ir montando aos poucos. Aproveitando inclusive, aqueles meses com mais dinheiro sobrando, como Abono, PIS, Férias, 13º salário, PLR, etc.

Além disso, o tamanho da reserva de emergência pode variar, dependendo de qual for sua principal fonte de renda. Isto é, se você possui uma fonte de renda fixa, 6 meses do seu salário mensal são o suficiente para a reserva de emergência.

Agora, se você é um profissional autônomo e não tem uma renda fixa mensal, é interessante que você tenha 12 meses (ou mais) do seu custo de vida como reserva de emergência. Assim, em um mês mais “fraco” financeiramente, você vai conseguir lidar com todas as contas, gastos e emergências, caso seja necessário.

Mas claro, você não é obrigado a ter exatamente 6 ou 12 meses do seu custo de vida na sua reserva de emergência. Todavia, é uma quantia que tende a funcionar muito bem.

Onde deixar a reserva de emergência.

Agora que já vimos o que é reserva de emergência e como montar uma, vamos para o terceiro passo: onde deixar a reserva de emergência.

E a resposta é simples, se o intuito é usar esse valor em uma emergência, ele precisa ser deixado em um local com três características específicas: segurança, rentabilidade e liquidez.

Isso é, ele precisa estar em um local seguro e que você consiga resgatar a qualquer momento. Afinal, um imprevisto/emergência não espera até o dia seguinte para acontecer. Além disso, é importante que esse dinheiro não perca seu valor.

Ou seja, ele precisa estar em um local onde ele esteja seguro, seja fácil de ser movimentado e que não perca seu valor. E digo no sentido literal, de valer menos do que valia quando você guardou.

Que é algo que pode acontecer se você guardar ele fisicamente em algum lugar (por exemplo, embaixo do colchão). Inclusive, guardar seu dinheiro fisicamente em algum lugar é, literalmente, a pior coisa que você pode fazer.

Isso porque o seu dinheiro vai aos poucos perdendo seu valor de compra. Porém, existe diversos tipos de investimento para você pode usar para criar a sua reserva de emergência. Mas atenção nesse ponto, o intuito é “investir” apenas para manter aquelas três características: segurança, rentabilidade e liquidez.

Ou seja, não é para investir em títulos de renda fixa de médio e longo prazo (Tesouro IPCA, Tesouro Prefixado) e muito menos em ativos de renda variável (Ações, Fundos Imobiliários, Fundos de Investimento, etc.).

Os melhores investimentos para reserva de emergência.

Então, depois de você entender essa questão da segurança, rentabilidade e liquidez, vem o momento de aplicar a sua reserva de emergência. E para isso, as melhores opções são:

Conta remunerada

E essa é uma das opções mais interessantes para montar sua reserva de emergência. Isso porque, a maioria dos bancos digitais (para não dizer todos) oferecem uma opção de conta remunerada. Isto é, pelo simples fato de manter seu dinheiro lá eles te pagam uma determinada rentabilidade.

E que, na maioria das vezes, é de 100% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário). E o que significa render 100% do CDI? Significa que esse ativo rende o mesmo que a taxa DI, que é um referencial de juros no mercado financeiro.

E a taxa DI acompanha outra taxa bem conhecida, a Taxa Selic (Sistema de Liquidação e Custódia). Que é a taxa básica de juros, definida pelo COPOM (Comitê de Politica Monetário) a cada 45 dias. Então, é comum que elas andem bem próximas. Porém, com o CDI ligeiramente abaixo da Selic.

Além disso, muitos bancos digitais podem oferecer também CDB’s do próprio banco — que podem ser uma alternativa à conta remunerada. Mas que exigem um pouco mais de atenção. Uma vez que, apesar de terem uma rentabilidade igual ou superior a 100% do CDI, nem sempre possuem liquidez diária.

Fundos DI

Assim como a conta remunerada, os Fundos DI são uma excelente opção para montar sua reserva de emergência. Uma vez que, entregam valores iguais ou superiores a 100% do CDI, possuem alta liquidez e baixo risco. Possibilitando assim movimentar facilmente seu dinheiro caso seja necessário.

E diferentemente dos fundos de investimento em geral, os Fundos DI investem seu capital em Títulos Públicos (Tesouro Selic, Tesouro Pós-fixado, etc.). O que oferece um risco muito baixo ao investidor, principalmente nos fundos mais diversificados (que possuem múltiplos títulos públicos). Contudo, é importante ficar atento com 3 coisas ao investir em um Fundo DI:

  1. Taxas:
  2. Rentabilidade;
  3. Liquidez.

Então, fuja dos fundos com altas taxas, rentabilidade muito abaixo da Selic e com baixa liquidez. Contudo, a maioria dos fundos são bem transparentes com essas questões. O que facilita muito na hora de escolher um bom Fundo DI.

CDB

Outra alternativa muito comum para a reserva de emergência são os famosos CDB’s (Certificados de Depósitos Bancários). E que na prática, nada mais é do que você emprestando dinheiro para um banco.

E sim, é isso mesmo que você leu, no CDB é você que empresta o dinheiro para o banco. Assim, o banco consegue “dinheiro” para financiar suas atividades de crédito, e você, recebe os juros por emprestar o dinheiro.

Contudo, nem todo CDB é indicado para reserva de emergência. Isso porque existem CDB’s com liquidez diária, onde você pode retirar o dinheiro a qualquer momento. E os CDB’s com liquidez no vencimento, que são aqueles que você só pode retirar o dinheiro no vencimento.

Outro fator importante a ser levado em conta é a rentabilidade do CDB. E aqui você vai encontrar todo o tipo de rentabilidade possível. Desde CDB’s que rendem 90% do CDI aos que rendem mais de 200% do CDI.

E essa oferta de uma rentabilidade maior, pode acabar te levando a colocar a sua reserva de emergência em um CDB de longo prazo. Que, obviamente, não é o proposito da reserva de emergência.

Então, saiba separar os seus investimentos: reserva de emergência é uma coisa; multiplicar seu capital com investimentos, é outra.

Tesouro Selic

Por fim, mas não menos importante, temos o Tesouro Selic. E que é bem semelhante aos CDB’s de banco. Com a diferença que no tesouro você empresta dinheiro para o governo.

E é de longe o investimento mais conservador que existe. Isto é, o mais seguro se comparado aos demais títulos de “renda fixa”. E eu sei que você deve estar pensando: “Mas é seguro emprestar dinheiro para o governo?” E quanto rende esse investimento?.

E sim, é extremamente seguro. Uma vez que é mais fácil vários bancos quebrarem junto do que o governo. E ao investir no Tesouro Selic, sua rentabilidade está atrelada à Taxa Selic. Isso significa que, ao investir no Tesouro Selic, você recebe o mesmo percentual da Selic + uma pequena taxa.

Conclusão

Além desses investimentos, existem também a opção de algumas LCIs e LCA’s com liquidez diária. Contudo, é importante sempre ficar atento a alguns pontos. O primeiro ponto é a taxa de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que está presente em boa parte dos títulos de renda fixa. Contudo, essa taxa só é cobrada se você retirar o valor aplicado nos primeiros 30 dias.

O Segundo ponto é quanto a liquidez, como já falei anteriormente, o investimento PRECISA ter liquidez. Ou seja, você precisa conseguir movimentar esse dinheiro com rapidez. E não é liquidez para daqui um ano, você precisa ter liquidez de no máximo 2 dias. Sendo o ideal, investimentos com liquidez diária.

O terceiro e último ponto, é com relação as garantias do investimento. Afinal, não adianta nada você ter o valor de 6 ou 12 meses do seu custo de vida na reserva de emergência se existe o risco de você perder todo o dinheiro.

E por mais que não seja tão comum, pode acontecer. Então, busque sempre investir em ativos garantidos pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito) ou, se for o caso, o FGCOOP (Fundo Garantidor de Cooperativismo de Crédito).

Bom, esse foi o post de hoje sobre o que é a reserva de emergência, como montar uma, e o melhor lugar para criar a sua reserva de emergência.

Então, até o próximo post!

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