Investir ou Empreender: qual o melhor?

O que é melhor investir ou empreender?

A cada dia que passa, o brasileiro está buscando novas formas de investir o seu dinheiro, seja em um negócio próprio ou no mercado financeiro. Mas afinal, o que é melhor: Investir ou Empreender? É exatamente isso que eu vou te mostrar neste post. Dessa forma, você é quem vai decidir o que é melhor, se é investir ou empreender.

Investir ou Empreender

É muito comum ver pessoas falando que não vale a pena investir, que rende pouco ou que empreendendo é possível conseguir um retorno muito superior ao dos investimentos.

E sim, empreendendo você — definitivamente — consegue um retorno muito superior ao dos investimentos. Porém, empreender é uma forma de renda ativa, isto é, você precisa trabalhar efetivamente dia após dia para ganhar dinheiro.

E, caso você simplesmente pare de trabalhar, o dinheiro também para de “cair na conta”. Sem contar que, nem todos possuem o perfil para empreender, principalmente por não quererem correr os riscos e desafios que existem ao empreender.

Afinal, se empreender fosse “tão fácil”, todos empreenderiam e não existiriam pessoas que optam por fontes de renda mais “estáveis e seguras” — como ser funcionário público ou ter carteira assinada.

Obviamente, quem opta por empreender, opta também por correr esses riscos e, consequentemente, receber um maior retorno por isso — não apenas financeiro.

Por outro lado, quando você investe, você tem a possibilidade de ter uma renda passiva, ou seja, você recebe independente de trabalhar ou não.

Então, você pode estar dormindo, viajando, estudando, ou fazendo qualquer outra coisa, inclusive trabalhando em algo e, ainda assim, a renda passiva dos investimento vai continuar caindo na conta.

E o melhor, sem que você precise mover um único dedo para isso. Além disso, quanto mais você reinvestir, maior será sua renda passiva. Podendo inclusive, superar sua renda ativa no longo prazo.

Vale dizer que, investir e empreender não são atividades exclusivas, ou seja, uma não impede de você fazer a outra. Sendo, entre outras coisas, uma excelente alternativa para você potencializar seus ganhos no longo prazo.

Diferenças entre investir e empreender

Apesar de existirem inúmeras diferenças entre investir e empreender, vou citar as que são mais fáceis de explicar. Até porque, esse conteúdo poderia se estender para temas extremamente complexos e longos, ligados à contabilidade, questões jurídicas, etc.

Todavia, vamos as principais diferenças, começando pela parte de investimentos:

Investir

Quando falamos de investir, de modo geral, estamos falando de aplicações voltadas ao mercado financeiro. Tanto em títulos de renda fixa (CDB, LCI, LCA, Tesouro Direto, etc), quanto em ativos de renda variável (Ações, FIIs, Fundos, Commodities, etc.).

E, ao contrário do que muitos imaginam, investir é relativamente simples, e está ficando cada vez mais fácil e acessível para quem quer começar a investir. A partir de R$ 10 você já consegue investir em diferentes tipos de títulos e ativos financeiros.

Por meio do próprio banco em que você tem conta já é possível investir em diversas aplicações do mercado financeiro. Contudo, investir utilizando o banco que você tem conta não é a melhor opção — obviamente, há exceções.

Ainda assim, os bancos em geral, tendem a cobrar maiores taxas para que você possa investir por meio deles. Prejudicando principalmente o pequeno investidor, uma vez que, as taxas alteram significativamente o custo dos investimentos.

Nesse sentido, uma das melhores opções para quem busca investir no mercado financeiro, é utilizar uma corretora de valores, que possui taxas reduzidas e uma oferta maior de produtos e serviços financeiros. Funcionando assim, como um intermediador, entre você e o mercado financeiro.

Porém, você ainda terá que estudar sobre os diferentes tipos de investimentos, entender o seu perfil de risco, definir uma estratégia, e analisar os investimentos que mais fazem sentido para o seu perfil e objetivos.

Formas de investir

Caso você tenha uma quantia relevante de dinheiro, existem ainda outras opções, como buscar por uma casa de análise independente (research), asset ou um profissional qualificado para te auxiliar ou, de fato, fazer a gestão do seu patrimônio.

Todavia, é importante dizer que, ninguém, absolutamente ninguém, vai cuidar tão bem do seu dinheiro quanto você.

Então, mesmo que você escolha terceirizar a gestão do seu patrimônio, você ainda assim, precisará ter um certo nível de conhecimento sobre finanças e investimentos para conseguir identificar os profissionais que possuem, de fato, capacidade para gerir seu patrimônio.

Além, é claro, de entregar um resultado (valor) que justifique o preço cobrado para gerir seu patrimônio.

Agora, caso você decida gerir por conta própria seu patrimônio, o único “trabalho” que você terá, além do que já foi citado, é:

  1. Criar o hábito de investir (se possível, mensalmente);
  2. Reavaliar periodicamente seus investimentos (no mínimo uma vez a cada 6 meses);
  3. Caso necessário, emitir e pagar a DARF (Documento de Arrecadação de Receitas Federais);
  4. Declarar anualmente seus investimentos e rendimentos por meio do programa da DIRPF (Declaração de Ajuste Anual do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física).

Pode parecer um pouco complicado à primeira vista, mas é mais simples do que parece. Além de você poder contratar profissionais habilitados e/ou serviços que, de fato, vão fazer ou entregar tudo isso “mastigado” para você.

Economizando assim, muito tempo e dinheiro para você focar na parte que é mais importante do processo: escolher bons ativos e, consequentemente, usufruir dos seus ganhos nos investimentos.

Empreender

Já empreender, significa investir seu tempo e dinheiro criando um negócio, e que tem por finalidade, resolver algum problema, seja ele qual for. Para isso, é essencial que você tenha pelo menos dois dos três requisitos abaixo:

  1. Perfil;
  2. Capital;
  3. Knowhow.

Sendo que, dos três, o perfil (empreendedor) é essencial. E sem ele, dificilmente você vai conseguir levar a empresa para frente.

E, mesmo que você não tenha um dos requisitos, seja o capital ou Knowhow, ainda assim é possível empreender. Seja buscando por um sócio, que vai complementar a sociedade com o requisito que falta, isto é, o capital ou knowhow; ou abrindo uma franquia de uma empresa já consolidada, como McDonald’s, Burger King, etc.

Inclusive, já fiz um post aqui sobre o que é melhor, se é abrir uma empresa própria ou uma franquia, confira:

Empresa própria vs Franquia: o que é melhor?

Dificuldades de empreender no Brasil

Contudo, a burocracia e a carga tributária são dois fatores que pesam para todo e qualquer empreendedor no Brasil. Visto que, o Brasil, é hoje um dos país mais burocráticos e com uma das maiores cargas tributárias do mundo.

Levando em média, 6 meses para a abertura de uma empresa — podendo chegar a quase 2 anos, dependendo da localidade. Enquanto em países como Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul, Singapura, Dinamarca, todo o processo leva menos de 1 mês.

Além disso, um pequeno erro de calculo ao precificar seu produto/serviço já é mais que suficiente para levar seu negócio à falência. Obviamente, a precificação errada é apenas um dos vários fatores que podem levar seu negócio à falência.

Outros fatores que podem levar seu negócio à falência são:

  • Não analisar o mercado;
  • Não ter o knowhow necessário;
  • Ignorar o planejamento estratégico;
  • Colocar o cliente em “segundo plano”;
  • Não acompanhar as finanças do negócio;
  • Não investir/reinvestir no negócio.

Sem contar outras questões, como falta de mão de obra qualificada e alguns riscos específicos de empreender que, basicamente, só existem no Brasil.

Contudo, se você conseguir superar todos esses desafios, mesmo sem qualquer garantia, pode ter certeza que vai valer muito a pena — não apenas financeiramente.

Mas, como falei anteriormente, é preciso ter, acima de tudo, o perfil para isso. Sem esse pequeno detalhe, pode esquecer. Além de muita disposição para encarar os riscos e desafios de empreender.

Conclusão

Apesar de ambas as opções envolverem riscos e dificuldades, principalmente ao empreender, é relativamente mais fácil você começar a investir do que empreender.

Até porque, para empreender, você precisa ter o perfil e estar disposto a correr todos os riscos relacionados, e o pior, sem qualquer tipo de garantia.

Por outro lado, qualquer pessoa que se dedique minimamente a estudar sobre investimentos, conhecendo seu perfil de investidor e objetivos, aliado a uma boa estratégia, consegue alcançar um resultado acima da média.

E isso, sem ter precisar ficar o dia todo olhando diversos gráficos em vários monitores — como normalmente é retratado em filmes e séries sobre o mercado financeiro.

Por fim, vale dizer que, minha ideia aqui não é desmotivar quem quer se tornar um empreendedor, muito pelo contrário. Contudo, é preciso mostrar que empreender não é tão fácil como os gurus, coachs, “digital influencers” e empreendedores de palco mostram.

E bom, esse foi o post de hoje falando sobre o que vale mais a pena, se é investir ou empreender.

Então, até o próximo post!

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