O que é a bolsa de valores?

O que é a bolsa de valores e como ela funciona?

Mesmo que você nunca tenha investido na vida, é muito provável que já tenha visto pelo menos uma noticia sobre a bolsa de valores, seja falando que a bolsa subiu, caiu, que determinada empresa deu lucro, prejuízo… Mas afinal, o que é a bolsa de valores?

O que é a bolsa de valores?

De forma resumida, a bolsa de valores é, basicamente, um “local de negociação”, onde, investidores e empresas podem fazer negociações de maneira simples e segura.

Dessa forma, se um investidor quer comprar uma determinada ação (uma pequena parte de uma empresa) e outro investidor quer vendê-la, a bolsa de valores é a plataforma responsável por realizar essa negociação.

Alguns exemplos de ativos e títulos que são negociados, isto é, comprados e vendidos na bolsa de valores, são:

  • Ações;
  • Títulos públicos (Tesouro Direto) e privados (CDB, LCI, LCA, etc.);
  • Fundos (ações, renda fixa, multimercado, etc.);
  • Commodities (grãos, metais, etc.);
  • Moedas (dólar, euro, etc.);
  • Opções.

Qual a função da bolsa?

A função da bolsa, é justamente intermediar a operação entre os investidores e as empresas que buscam investimento, algo que, normalmente, é extremamente complexo e burocrático.

Envolvendo diversos profissionais, como advogados, contadores, gestores, sócios, membros do conselho (se houver), e um número cansativo de reuniões para negociação.

Nesse sentido, a bolsa é uma forma simples e segura de fazer essas negociações. Mas, que obviamente, ainda envolvem riscos e muito estudo, tanto por parte das empresas quanto dos investidores.

Para exemplificar, imagine que uma determinada empresa queira abrir seu capital. A bolsa de valores é quem vai fazer a intermediação entre a empresa e quem quer investir nela. Assegurando que ambos os lados consigam “fechar negócio” adequadamente.

Por que empresas abrem seu capital?

Por melhor que seja a empresa, é praticamente impossível crescer de forma consistente sem investimento, principalmente no início do negócio. O problema é que, dificilmente a empresa possui capital suficiente em caixa para custear esse crescimento.

Com isso, a empresa tem duas opções: assumir dívidas para custear o crescimento, o que pode acabar complicando sua saúde financeira a médio e longo prazo; ou pode buscar por investidores, que acreditam no negócio e estão dispostos a custear esse crescimento em troca de uma participação.

Assim, os investidores passam a ter uma parte daquele negócio, e a empresa, pode utilizar o dinheiro dos investidores para comprar mais equipamentos/máquinas, melhorar seus produtos e serviços, etc.

Obviamente, isso pode ser realizado fora da bolsa, porém, a bolsa é justamente o local onde você encontra um grande número de investidores dispostos a investir em empresas com boas projeções de crescimento.

E, além do acesso ao capital dos investidores, existem outros benefícios para a empresa que busca abrir seu capital, como:

Liquidez patrimonial

Nesse sentido, ao abrir capital na bolsa de valores, a liquidez patrimonial da empresa aumenta consideravelmente. Ou seja, caso algum sócio queira sair do negócio, ele pode negociar suas ações diretamente na bolsa.

Visibilidade

Outra vantagem de abrir capital, é a visibilidade que isso traz para o negócio. Normalmente, empresas que abrem seu capital, já estão em um nível considerável de maturidade do negócio.

Nesse sentido, abrir capital, significa ser um “livro aberto” ao público, de modo que todos tenham acesso ao resultado da empresa, seja ele bom ou ruim.

O que pode fazer com que a empresa tenha mais ou menos credibilidade com os atuais e futuros credores, fornecedores, investidores, etc.

Mercado primário e secundário

Vale dizer que a empresa só se beneficia da venda de ações no mercado primário. Ou seja, quando é realizado o IPO (Initial Public Offering, ou Oferta Pública Inicial, em português) da empresa.

Que é o momento em que a empresa disponibiliza suas ações para o público e, consequentemente, o dinheiro das ações vendidas vai, de fato, para a empresa.

Dessa forma, a empresa deixa de ser uma sociedade anônima (S/A) de capital fechado para se tornar uma sociedade anônima de capital aberto, com ações sendo negociadas “livremente” no mercado.

E, ao finalizar o IPO, as ações passam a ser negociadas no mercado secundário, isto é, entre os investidores. Podendo assim, venderem suas ações quando bem entenderem e pelo preço que quiserem.

E, uma vez no mercado secundário, se um investidor quiser vender suas ações com lucro ou prejuízo, a empresa não irá se beneficiar (ou prejudicar) diretamente dessa venda, apenas o investidor.

Com isso, se ele vender suas ações mais caro do que comprou, isto é, com lucro, ele fica com a diferença entre o que ele investiu e o preço que ele vendeu; e se ele vender mais barato do que comprou, ou seja, com prejuízo, ele sai perdendo dinheiro.

Como o investidor ganha dinheiro?

Basicamente, o investidor pode ganhar dinheiro de duas formas investindo em ações:

  1. Recebendo dividendos;
  2. Vendendo suas ações.

Dividendos

O dividendo, de forma resumida, é uma parte do lucro das empresas que é repartido entre os sócios (investidores) proporcional ao número de ações que cada um possui.

Para exemplificar, imagine que um investidor comprou ações da empresa “X”, ao preço unitário de R$ 10. Ou seja, ele pagou R$ 10 reais por cada ação que comprou.

E, no ano em questão, a empresa “X” lucrou o equivalente a R$ 3 reais por ação, porém, desses R$ 3 reais, R$ 1 ela vai guardar no caixa da empresa e os outros R$ 2 ela vai distribuir para os seus sócios. Então, nesse exemplo, para cada ação que o investidor possui, ele vai receber R$ 2.

Se ele possui 1 ação, ele vai receber R$ 2; se ele possui 1000 ações, ele vai receber R$ 2 mil, e por ai vai… Vale dizer, que essa é a maneira mais simples e segura de ganhar dinheiro com ações.

Vendendo suas ações

A segunda forma de ganhar dinheiro com ações é justamente vendendo-as. Então, imagine que a empresa “Y”, tinha suas ações sendo negociadas ao preço unitário de R$ 15 na data em que o investidor comprou. Ou seja, cada ação da empresa “Y” custava R$ 15 quando o investidor comprou.

E, ao longo dos anos, o preço unitário das ações subiu de R$ 15 para R$ 65. E o investidor, vendo essa valorização no preço das suas ações, decidiu vendê-las por R$ 65.

Dessa forma, para cada ação que ele vender, ele terá um lucro de R$ 50. Se ele tinha 1 ação e, decidiu vendê-la, ele lucrou R$ 50; se ele tinha 1000 ações e, decidiu vender todas suas ações, ele lucrou R$ 50 mil.

Isso, obviamente, explicando de maneira bem simplificada. Uma vez que, existem outros custos e impostos que devem ser considerados na operação.

Qual a bolsa de valores do Brasil?

A bolsa de valores do Brasil é a B3 (Brasil Bolsa Balcão). Sendo a fusão da BM&FBOVESPA (Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) com a CETIP (Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos).

Atualmente, a B3 é a única bolsa de valores autorizada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) a operar no Brasil.

Quais as principais bolsas de valores?

Além da B3, existem várias outras bolsas de valores espalhadas pelo mundo, sendo a Bolsa da Antuérpia, na Bélgica, a primeira bolsa de valores a ser criada, em 1531.

Com o surgimento da Bolsa da Antuérpia e a negociação da primeira ação, pertencente à Companhia Holandesa das Índias Orientais, diversas bolsas foram surgindo. Atualmente, as principais e mais valiosas bolsas de valores mundiais são:

  • Nasdaq
  • NYSE (The New York Stock Exchange)
  • Euronext (European stock market and infrastructure)
  • Hong Kong Stock Exchange
  • Shenzhen Stock Exchange
  • Shangai Stock Exchange
  • Tokio Stock Exchange
  • Bombay Stock Exchange
  • London Stock Exchange
  • Toronto Stock Exchange

E, apesar da B3 possuir um valor de mercado, isto é, a soma do valor de todas as empresas listadas, de aproximadamente 1 trilhão de dólares, nossa bolsa ainda está longe de ser uma das mais valiosas.

Visto que, somente a Apple (listada na Nasdaq), possui valor de mercado de aproximadamente 2 trilhões de dólares, sendo inclusive, a primeira empresa a atingir 3 trilhões de dólares em valor de mercado. Em outras palavras, só a Apple já vale mais que todas nossas empresas listadas juntas.

Já a bolsa mais valiosa, a NYSE, possui um valor de mercado de aproximadamente 26 trilhões de dólares, 13 vezes maior que o da Apple e 26 vezes maior que o da nossa bolsa.

Como investir na bolsa de valores?

Infelizmente, não podemos investir diretamente na bolsa de valores, sendo necessário um intermediário para realizar a operação. No caso, um banco ou corretora de valores mobiliários.

Nesse sentido, o banco ou corretora é que vai fazer a intermediação entre os investidores e a bolsa de valores. Contudo, os grandes bancos costumam cobrar altas taxas para que você possa investir por meio deles, além de possuir um número mais limitado de produtos e serviços financeiros

Dessa forma, entre os bancos e corretoras, a melhor opção são as corretoras. Uma vez que, a maioria das corretoras não cobram taxas e possuem uma maior disponibilidade de produtos e serviços.

Atualmente, as melhores corretoras para você investir são:

  • Warren;
  • NuInvest;
  • Rico;
  • Banco Inter;
  • Genial Investimentos;
  • BTG Pactual;
  • Toro Investimento;
  • Clear Corretora;
  • XP Investimentos;

Obviamente, você deve avaliar cada corretora e ver qual faz mais sentido para você investir. Afinal, cada uma possui uma interface diferente, com produtos e serviços diferentes e somente você pode dizer qual está mais alinhada com os seus gostos, objetivos e necessidades.

Bom, esse foi o post de hoje explicando o que e a bolsa de valores, como ela funciona e como você pode começar a investir na bolsa de valores.

Então, até o próximo post!

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