Quantos ativos ter em carteira?

Quantos ativos ter em uma carteira de investimentos

Uma dúvida muito comum entre os investidores iniciantes é, justamente, sobre quantos ativos ter em carteira. Pensando nisso, neste post quero trazer algumas explicações sobre o tema, não só sobre quantos ativos ter em carteira, mas também o porquê de diversificar seus ativos.

Quantos ativos ter em carteira?

Imagine que você possui um único ativo em carteira, por exemplo, uma ação. Todo seu capital está alocado em um único ativo que pode, literalmente, “ir a 0” com o passar do tempo. É algo que, definitivamente, nenhum investidor gostaria de ver acontecer com seu capital.

O lado bom, é que diminuir o risco da sua carteira é relativamente simples por meio da diversificação. Assim, conforme vamos adicionando ativos descorrelacionados, tendemos a diminuir o risco geral da carteira. E, consequentemente, o risco da ruína financeira.

Obviamente, a escolha dos ativos no processo de diversificação é extremamente importante. Visto que, diversificar entre ativos de baixa qualidade, não diminui o risco da sua carteira. Para exemplificar, imagine a seguinte carteira de investimento:

Exemplo de uma péssima diversificação para sua carteira de investimentos (ativos de baixa qualidade).

É um carteira diversificada? Sim. Possui ativos descorrelacionados? Sim. Então é uma boa carteira de investimentos? Nem de longe. A não ser que seu objetivo seja perder dinheiro. Uma vez que esse é o tipo de carteira que vai te fazer perder dinheiro no curto, médio e longo prazo.

E, infelizmente, é a carteira que muitos investidores, ou melhor dizendo, especuladores, possuem por aí. Para piorar, perdem dinheiro com suas carteiras e depois falam que bolsa de valores é furada, que só serve para perder dinheiro, etc. Sendo que, a culpa de montar uma carteira sem fundamentos é completamente delas.

Portanto, é essencial que a diversificação ocorra de maneira estratégica e objetiva com bons ativos — ativos que tenham bons fundamentos, preferencialmente, de setores perenes da economia. Assim, você consegue reduzir o risco da carteira sem comprometer seu retorno.

Contudo, existe um grande problema quando a carteira deixa de ser diversificada e passa a ser pulverizada.

Diversificação x pulverização

Ao montar uma carteira de investimentos, é indispensável que você entenda a diferença entre diversificação e pulverização. E, de forma bem direta, se você não é gestor de fundos ou algo do tipo, não faz o menor sentido ter dezenas de ativos em carteira, mesmo que sejam ativos de qualidade e descorrelacionados.

Isso porque, ao ter muitos ativos, você perde os benefícios da diversificação (diminuição do risco, diminuição da volatilidade, tranquilidade, maior potencial de lucro, etc.) e acaba pulverizando sua carteira, aumentando consideravelmente o risco, a volatilidade, o potencial de lucro, etc.

Sem contar que, se você não trabalha com investimentos diretamente (CNPI, CFP, CGA, etc.), dificilmente você conseguirá acompanhar dezenas de ativos. Além de ter mais trabalho na hora de declarar, pagar os devidos impostos, reinvestir, etc.

Gestão da carteira

E, como investidor, é essencial que você tenha um bom entendimento sobre os ativos em que você investe e, principalmente, o que está acontecendo com esses ativos.

Para isso, você precisa acompanhar o portal de R.I (relações com investidores) das empresas em que você investe. Bem como ler os relatórios, demonstrações financeiras, projeções e demais comunicados das mesmas. Dessa forma, quanto mais ativos você tiver que acompanhar, mais difícil será a gestão da sua carteira.

Então, tenha em carteira um número de ativos que você consegue, de fato, acompanhar. Obviamente, sem pulverizar a carteira com dezenas de ativos. Pensando em um carteira de ações, algo em torno de 5 a 10 ativos (no total) já é mais do que suficiente para uma boa diversificação.

Para uma carteira composta por ações e fundos imobiliários, algo em torno de 10 a 20 ativos (no total) já está ótimo. E, no caso de uma carteira mais robusta, com ações, fundos imobiliários, stocks (ações americanas) e reits (os “FIIs americanos”), algo em torno de 20 ativos (no total) já garante uma excelente diversificação.

Bom, esse foi o post de hoje sobre quantos ativos ter em carteira.

Então, até o próximo post!

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