O preço da ação importa na hora de comprar?

O preço da ação realmente importa na hora de comprar?

Uma dúvida muito comum, mesmo entre os investidores mais antigos, é com relação ao preço da ação no momento da compra. Onde, alguns defendem que o preço da ação importa e outros, que o preço da ação pouco importa, principalmente quando o foco é o longo prazo. Mas afinal, o preço da ação importa na hora de comprar ou não? É exatamente isso que vou te mostrar ao longo do post. Então, vamos lá…

O preço da ação importa na hora de comprar?

Ao acompanhar as ações de uma empresa listada em bolsa, você perceberá que a cotação da mesma oscilará ao longo do dia, e isso, acontece por uma série de fatores, como o volume de compras/vendas, notícias recentes sobre a empresa, divulgação de resultados, distribuição de lucros, etc.

O problema, é que essa oscilação acaba afetando os investidores de formas diferentes, onde, alguns não compram, justamente, por achar que a ação já subiu demais e outros, compram pois acham que a ação ainda vai se valorizar mais — mesmo quando a empresa não possui fundamentos.

Isso quer dizer que o preço da ação importa? Depende. Até porque, existem outros fatores a se considerar, o mais importante deles, é a sua estratégia de investimentos…

Se sua estratégia de investimentos depende de comprar a ação por um preço específico, o preço da ação importância muito.

Regressão à média

Agora, para o investidor que busca se tornar sócio de boas empresas, o preço pode não ter um impacto tão grande. Uma vez que, ações de boas empresas, passam por um efeito conhecido como “Regressão à média”.

Mas, o que isso significa exatamente? Resumidamente, significa que, no médio e longo prazo, o preço das ações tende a voltar para sua média histórica. Dessa forma, mesmo que ocorram quedas ou valorizações acentuadas no curto prazo, no médio/longo prazo o preço tende a se estabilizar.

Com isso, se você investe regularmente em ações de boas empresas, o seu PMA (Preço Médio de Aquisição) tende a ser igual ou próximo da média histórica daquela ação. Abaixo é possível ver um exemplo disso com as ações de Sanepar (SAPR4):

Cotação Versus PMA (Preço Médio de Aquisição) nas ações de Sanepar (SAPR4) – Dados: B3

O exemplo de Sanepar mostra o que aconteceria se, ao final de todo ano, você comprasse a mesma quantidade de ações da empresa, independente do preço que elas se encontrem. O seu PMA tenderia a se manter estável, mesmo com toda oscilação. O mesmo pode ser observado nos casos de compras mensais de ações.

Sem contar que, as cotações de boas empresas, isto é, empresas que possuem bons fundamentos, tendem a acompanhar o seu lucro no longo prazo. Abaixo é possível ver um exemplo claro disso, nas ações da Itaúsa (ITSA4):

Lucro Líquido x Cotação de Itaúsa (ITSA4) – Dados: Investidor10

YOC

Obviamente, você deve aproveitar as promoções da bolsa de valores quando elas ocorrem (momentos de queda acentuada). Por isso é tão importante ter, além de uma reserva de emergência, uma reserva de oportunidade.

Que pode ser utilizada para aproveitar os momentos de grande queda no preço das ações e fundos imobiliários e assim, aumentar sua posição naqueles determinados ativos. Além disso, tais momentos tendem a diminuir o seu PMA e, consequentemente, aumentar o seu YOC (Yield On Cost). Abaixo é possível ver um exemplo de como o PMA impacta o seu YOC:

Impacto do PMA (Preço Médio de Aquisição) no YOC (Yield On Cost) – Dados: elaboração própria.

Bom, esse foi o post de hoje sobre esse assunto tão polêmico que é o preço das ações e sua importância no momento da compra.

Então, até o próximo post!

Leia também:

 

0 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *